25 de agosto de 2013

CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO PRIVATIZA ESPAÇO PUBLICO



Já houve anteriormente outros casos como festas junto ao rio em espaço público em que a entrada para assistir era paga. Houve também a tentativa de privatização do mercado do Bolhão. Assistimos à expulsão dos tradicionais vendedores do mercado do Bom Sucesso... e sua substituição por gabinetes empresariais e por uma elite de comerciantes mais endinheirada.

Também o mercado Ferreira Borges foi cedido a duas discotecas que cobram entradas pelos seus espetáculos regulares semanais.

Agora no final do mandato e sabendo que nada tem a perder Rui Rio aluga parcialmente o Jardim do Marquês para uma festa privada com entradas a pagar, cerveja Super Bock e DJ à mistura.

Rui Rio talvez deseje vender a cidade pelo melhor preço. Não poderá vender a vontade do seu povo.

  

15 de março de 2013

JORNADAS DA SODA CÁUSTICA 13 A 17 DE MARÇO


15 de Março (sexta).
Conversa: Não importa se é possível, a revolução é necessária.
Por Félix Rodrigo Mora.

Mesmo entre as correntes teóricas radicais, predomina um paradigma romantizado da revolução possível. O  possibilismo como raiz conceptual de uma ideia transformadora da realidade tende a definir o seu programa de acordo com os limites  da realidade dada, caindo frequentemente em teses reformistas ou salvacionistas. O domínio do possível pode ser tanto o substrato do milagre de Fátima quanto a chama que tantas vezes alimenta as utopias românticas. O possível é aquilo que atiramos para os amanhãs. É o infinito, a metafísica, enquanto ''comemos chocolates'' e os políticos, padres e polícias, nos tratam da saúde, pois todas as religiões ''não ensinam mais que a confeitaria'' (Pessoa).
Ao conceito de ''omnidade do possível'' de G. Bataille, só é possível contrapor a insubordinação ao infinito (dos possíveis) e a recusa indefinida a toda a determinação. '' É preciso aceitar ser finito: estar aqui e em nenhum outro lugar, fazer isto e não outra coisa, agora e não sempre, ou nunca; ter apenas esta vida'' (André Gorz).
A crítica ao possibilismo do pensamento político é por extensão uma crítica que atinge a crise da esquerda, denuncia a sua cultura parlamentar e flagra a sua descrença numa transformação real e radical dos valores e das instituições sociais.
Félix R. Mora é uma das poucas vozes conhecidas que defende um processo revolucionário não enquanto possibilidade, mas como necessidade. Se o que é possível pode ser inevitável, o que é necessário não se pode evitar.
O autor de Crisis Y Utopia En El Siglo XXI (Maldecap, 2010) vê a profunda mudança social por meio da adopção da prática revolucionária, como via necessária para atingir objetivos de emancipação e de autonomia e como forma de reverter o atual desastre ecológico.

00 h Perfomance poética: Quando a cabeça explode
Sem chefes não há rebanhos e isto é uma grande catástrofe.
Por Júlio Henriques e Nuno Pinto.  

13 de março de 2013

FESTIVAL ''PUNK ROCK ATÉ AOS OSSOS'' A 21, 22 E 23 EM COIMBRA


Pela  primeira vez na História, seis Repúblicas juntam-se para produzir o festival ''PUNK ROCK ATÉ AOS OSSOS''! Vai ser uma festa  de 3 dias, com muita música, documentários e intervenção social!

21 Março - República Prá Kistão (16 h- Documentários) // República Dos Kágados (22 h - Concertos)

22 Março - República Rosa Luxemburgo (16 h - Documentários) // Real República Spreit' -O-Furo (22 h - Concertos).

23 Março - República  das Marias (16 h - Documentários) // Real República Corsários Das Ilhas (22 h - concertos).   

JORNADAS DA SODA CÁUSTICA


11 de março de 2013

MEMÓRIA LIBERTÁRIA DE MARÇO

1 Publica-se o nº 6  de ''Meridional'' em Faro. Portugal. 1979.
2 Dia Internacional Das Zonas Humidas.
Protesto internacional seguido em Portugal em 40 localidades. Portugal. 2013.
8 Dia da Mulher devido à morte de 120 operárias em Nova Iorque quando reclamavam a redução da jornada laboral. Após  a ocupação da fábrica pelas trabalhadoras os patrões atearam fogo à mesma. E.U.A.. 1857.
10 Carta da prisão de Durruti à irmã. 1927.
11 Dia da criação do Parque Natural Sintra-Cascais. Portugal. 1994.
12 Nasce em Angeiras, Matosinhos, Antonio Francisco Correia, conhecido pelo pseudónimo de Edgar Rodrigues. Portugal. 1932.
13 ''200 Mil Em Protesto'' CGTP, texto de Rui Marques no boletim Anarco-Sindicalista nº 3. Portugal. 2009.
Ataque a espaços comerciais: Benetton, Zara e Sisley no centro de Atenas, foram ocupadas seis estações de metro. Grécia. 2009.
14 Início da ocupação da firma de montagens metálicas ''Mulher''...(jornal ''A Batalha'' nº 20). Portugal. 1975.
15 Dia Mundial Do Consumidor.
Luta contra a central nuclear em Ferrel, Peniche. No município foi declarada uma greve ecológica. Portugal. 1975.
Manifestação em Lisboa pelos direitos d@s Imigrantes. Portugal. 2009.
17 ''A Batalha'' retoma a campanha pela libertação e regresso a Portugal dos trabalhadores do concelho de Odemira, degredados sem julgamento. Portugal. 1919.
A Federação Anarquista Ibérica (Portugal) divulga o panfleto: ''Quem São Afinal Os Verdadeiros Terroristas? As Ligações Perigosas Da Família Bush? (Excerto). 2004.
18 Dá-se a Comuna de Paris. França. 1871.
Em Alenquer realiza-se a Conferência Regional Anarquista onde é votada a União Anarquista Portuguesa. Portugal. 1923.
Os anarquistas  da Federação Anarquista Ibérica (Portugal), do Centro de Cultura Libertária de Almada, da S.H.A.R.P., do grupo anarquista ''Povo Em Armas'', do Colectivo Autónomo, da Associação Editorial Acção Directa e do Movimento Anarquista em comunicado propõem  ao movimento libertário internacional que o dia 5 de Maio seja um dia de solidariedade com o povo de Timor Leste e um dia de luto contra a ditadura nazi-fascista de Suharto. Portugal. 1995.
A ''PLANETA AZUL associação ecológica alternativa'' publica o texto: Desmilitarização E Retirada Do Iraque. Portugal. 2006.
19 Ocupação de edifício em Atenas para criar um centro social. Grécia. 2009.
21 Dia Mundial Da Floresta.
Dia Internacional Para Eliminação Da Segregação Social. 
23 A PSP fabrica motim de presos na prisão de Caxias. Portugal. 1996.
Concentração em frente ao tribunal de Larissa em solidariedade com o anarquista Vangelis Palis. Grécia. 2009.
24 Dia Do Estudante.
25 Nasce em Mogúncia, Rudolf Rocker. Alemanha. 1873.
Carta antimilitarista de Durruti. Espanha. 1927.
Apedrejamento da casa e do carro do presidente do Royal Bank of Scotland, Fred Goodwin, por levar o banco à falência e se reformar com a reforma milionária de 750 mil euros. Reino Unido. 2009.
27 A F.O.R.A. publica em Buenos Aires um manifesto que diz: ''Abaixo a lei de voto obrigatório! Viva a greve de eleitores!''. Argentina. 1912.
28 Manifestação da C.N.T.  Contra a Crise, em Madrid. Espanha. 2009.
No Bairro de Gkisi, em Atenas, realizou-se uma manifestação contra as antenas de telemóveis, durante esta foi destruída a antena da empresa Cosmote. Grécia. 2003.
31 Sequestro por 24 horas de quatro altos quadros da Caterpillar-França por ameaça de 735 despedimentos. O mesmo aconteceu na Sony e 3M. França. 2009.


              
   

25 de janeiro de 2013

PROTESTO ANTIAUTORITÁRIO CONTRA O CAPITALISMO, FASCISMO E A REPRESSÃO

Durante os últimos meses, os ataques contra os movimentos antiautoritários têm sido reforçados a nível mundial.
Desde os ataques às ocupações de terras e às ações de greve, ao despejo de espaços autogeridos e de ocupações de empresas - todas as actividades que sejam susceptíveis de criar espaços libertados dentro deste sistema tendem a ser esmagadas. Os nossos meios de contrainformação são censurados ou bloqueados. Quando saímos às ruas para expressar as nossas ideias, lá está a polícia à nossa espera...
As camaras de vigilância seguem-nos a par e passo. @s noss@s companheir@s vêm-se pres@s.
Em muitos casos, torna-se cada vez mais evidente a ligação do estado aos grupos fascistas, que  se tornaram uma ameaça mortal omnipresente para alguns/algumas de entre nós. Nas regiões do mundo onde o empobrecimento atinge directamente largas margens da sociedade, o Estado combate os movimentos antiautoritários, que se formam para combater, na sua génese, a fome e a injustiça.
Por todo o mundo e nas últimas semanas especialmente na Grécia, os espaços e centros libertários são atacados com o objectivo de destruir a ideia de autogestão e defender o sistema que prevalece. Nos ataques mais recentes, o objectivo parece ser a destruição do movimento antiautoritário, o desmantelamento dos lugares onde a resistência contra os poderosos e as alternativas são semeadas e produzem frutos.
Torna-se necessário conectar as nossas lutas globalmente. Embora seja o ataque frontal do Estado grego contra o movimento antiautoritário o que está na origem deste apelo, são inumeráveis os exemplos no mundo inteiro que mostram os ataques sistemáticos sobre os movimentos de resistência a este sistema que nos oprime e atira para a miséria - desde a repressão política dos ativistas contra o TAV (Itália) e da ZAD (Zona A Defender, contra o novo aeroporto dos arredores de Nantes) à repressão dos movimentos indígenas, das repressões violentas de manifestações populares por toda a Europa (como na greve geral de 14 de Novembro) até ao ataque de estudantes do ensino básico com gás lacrimogéneo em Braga.
O aparelho estatal e policial opera e coopera de maneira transnacional e tem como objectivo a defesa dos interesses dos poderosos, na lógica da destruição das estruturas solidárias e da "pacificação" à força da sociedade, com todos os meios à sua disposição.
É preciso responder a estes ataques concertados. Apelamos a uma campanha de solidariedade e de resistência activa no mundo inteiro como resposta aos ataques contra o movimento antiautoritário em Atenas e todos os outros movimentos reprimidos. Concretamente, isto significa: Pensar em acções para fazer nos seus locais, doações, organizar o apoio material e ser criativ@.
Mas este apelo não se limita a algumas acções dispersas, mas pretende ser uma chamada para "despertar" o movimento antiautoritário. Acabe-se com a passividade e com os combates defensivos!
Temos de nos bater dia após dia e independentemente das expulsões e detenções. Não esperemos que outros ataques contra o nosso movimento sejam realizados  é necessário agir já. Só quando conseguirmos interromper a lógica da luta defensiva seremos realmente capazes de nos opor a este sistema. Cada ataque da reacção é um ataque contra tod@s nós! Não há fronteiras nos nossos corações! Não podemos permanecer inactiv@s, perante a destruição de todas as nossas estruturas e a continuação da realização dos seus planos.
Por cada projecto atacado, deve ser encontrada uma resposta apropriada. Por cada expulsão, devem ser feitas duas reocupações. Por cada companheir@ pres@, o combate social deve ser reforçado. Mostremos que um ataque tem consequências. É importante informar-se a uns e a outros sobre os projectos, a fim de se reagir em força.
Rebeldes e selvagens, nós damos-lhes a crise!
A solidariedade é a nossa maior arma!
Guerra à guerra dos poderosos!